Remadão Odemira a Milfontes - 30km - 27 de Outubro de 2024

Gente, eu estou muito atrasada no blog. Outubro e Novembro foram meses intensos e acabei por me esquecer de contar para vocês sobre Odemira e ainda depois teve a descida o Douro. 

Nesse blog aqui vou falar sobre Odemira e em outro conto a do Douro.

Foram 30km de remada em 4 horas e 30 minutos. Sim, muito tempo, mais do que deveria. Dentro desse tempo, está considerando as paradas.

Para quem só rema, não sabe que existe um antes e um depois.

Na sexta tivemos uma aula até 12:30, da Marina pegamos a carretinha no estacionamento onde ela fica com as canoas e fomos para Odemira que são umas 2 horas de carro daqui de Lisboa.

Chegando lá, montamos as duas canoas. Só tivemos a ajuda de um dos alunos, o José Faria. Tudo montado lá pelas 19 horas e fomos comer.

O Zé sugeriu um restaurante ali perto. E ainda sugeriu uma sopa Alentejana de peixe, simplesmente, maravilhosa. De barriga cheia, fomos ao camping em Milfontes (30 minutos de carro de Odemira).

A ideia era montar a barraca, mas como fazer isso depois de um dia como esse? Impossível. O cansaço já tinha tomado conta e ainda tínhamos 30km para remar no dia seguinte.

Alugamos mesmo um bangalô, tomamos banho e cama. Nem sair para curtir a cidade com outro aluno, nem curtir o bangalô. 

No dia seguinte, aquele café da manhã reforçado em Milfontes e partiu Odemira de Uber.

Canoas montadas, dia de sol lindo e sem vento, ao contrário do dia anterior.

O grupo era massa, tinha aquele que já tinha remado muitos kms e estava animado e tinha aqueles que estavam tenso com a nova experiência. Mas tínhamos um grupo divertido.

Os primeiros 10km, foram como esperado, águas paradas, nada de vento, silêncio gostoso, paisagem linda.

Faltando 20km, do nada, nada previsto, entra um vento contra. No começo aquela diversão de "que vento é esse", " de onde isso veio", "bora ir pelo canto que não pega vento". Depois de um tempo, o silêncio voltou somente das nossas vozes, o foco mudou e passou mesmo a ser a remada contra o vento. Estávamos a 20km do mar e tivemos ondinhas na mesma de tão forte que estava o vento.

Fizemos uma parada longa num deck que encontramos e todos estavam com aquela cara de estou amando e ao mesmo tempo "o que estou fazendo aqui?".

e lá fomos nós seguir o caminho e chegamos a Milfontes e foi de pura emoção.

Aquela sensação de superação, de sim conseguimos, sim somos fortes mentalmente, sim temos todas as dores no corpo mas estamos felizes, muito felizes pelo que conseguimos fazer, realizar.

O grupo todo a desmontar as canoas, a carregar a carretinha. Foi lindo.

Depois de roupas trocadas, um lanche para comemorar o feito e partiu estrada para Lisboa. 

Chegamos em paz e com o coração preenchido de alegria!

 

 

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